A cirurgia para remoção do calázio exigiria, segundo a médica, o uso de antibióticos. Não fiz a cirurgia e decidi realizar um tratamento natural bem-sucedido. Veja no texto a seguir, da autoria do médico norte-americano Joel Fuhrman, alguns dos motivos pelos quais eu não utilizo antibióticos:
“[...]
saibam que [o antibiótico] pode causar câncer. Se possuímos um histórico de uso
de mais de dez vezes na infância, temos 80 por cento mais de probabilidade de
desenvolver Linfoma não-Hodgkin (LNH), segundo o maior estudo feito sobre essa
doença, o seu risco e seus medicamentos.
[...] Os pesquisadores perceberam que o aumento dos dias de uso de
antibiótico, bem como o aumento da receita de antibiótico, elevaram o risco de
câncer de mama, proporcionalmente, e os usuários mais frequentes (mulheres a
quem foram receitados entre 26 e 50 antibióticos) tinham mais do dobro de risco
de sofrer de câncer de mama, em comparação com as mulheres do grupo de estudo.
O antibióticos são um dos medicamentos mais
tomados por mulheres grávidas e, hoje em dia, a investigação associa o uso de
antibióticos aos problemas de nascença. As mulheres que tomaram sulfonamidas e
nitrofurantoína (normalmente utilizados em infecções urinárias) durante a
gravidez tinham duas a quatro vezes mais probabilidades de dar à luz bebês com
problemas cardíacos. As penicilinas, eritromicinas e cefalosporinas mais usuais
foram também associadas a, pelo menos, um problema de nascença. Sabe-se ainda
que a administração de antibióticos a crianças no seu primeiro ano de vida estimula
a asma e as alergias que se desenvolvem mais tarde, durante a infância. No
entanto, mais da metade dos bebês tomam antibiótico antes de completarem um ano
de vida!
Os
antibióticos são medicamentos perigosos que deviam ser utilizados apenas no
caso de infecções bacterianas graves (e o seu uso bem fundamentado) – infecções
que podem colocar a vida do doente em risco, caso não seja tratado. Nós temos
sistemas imunológicos saudáveis que, apoiados por uma boa nutrição, conseguem
eliminar as infecções moderadas, sem medicamentos.
Entre os
riscos dos antibióticos estão diarreia, problemas digestivos, diminuição da
flora intestinal, queda na atividade da medula óssea, ataques epilépticos,
danos aos rins, colite grave e reações alérgicas que podem colocar a vida em
risco. Além disso, em todas as pessoas que tomam antibiótico, o remédio mata
uma série de bactérias úteis que vivem no trato digestivo e que ajudam na
digestão. Mata as bactérias “ruins” – como aquelas que podem piorar uma
infecção – e também as bactérias “boas”, que se encontram no trato digestivo e
têm propriedades que protegem contra futuras doenças.
Essas
mudanças no equilíbrio de bactérias podem levar mais de um ano para se
normalizarem depois da ingestão de antibióticos.
Essas são as
consequências individuais, mas também existem consequências sociais. O uso
exagerado de antibióticos nas últimas décadas tem sido apontado como culpado
pelo surgimento recente de bactérias mortais resistentes a antibióticos. Ao
prescrever antibióticos em excesso e sem necessidade, eles se tornam menos
eficientes quando necessários. Esses fatos estão documentados, mas, ainda
assim, muitos de nós continuamos alheios aos perigos dos antibióticos – ou temos
consciência, mas continuamos despreocupados.” FUHRMAN, Joel. Superimunidade: o guia
essencial para uma vida mais nutritiva e saudável. Rio de Janeiro: Agir, 2014.
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